segunda-feira, 3 de setembro de 2012

um livro chamado "vovô"

meu pai tinha dado esse livro pras meninas de dia dos pais. isso mesmo. no dia dos pais ele deu presente pra elas. é mole?

enfim, não sei porque, mas acabei só lendo o livro hj pra manuela.
o livro é completamente diferente de qq livro infantil que já vi. extremamente simples. manuela adorou. pediu pra ele ler novamente e mais uma vez.

só confesso que não falei nada no final. e quando fui reler, fiquei com a voz toda embargada. é de emocionar qq ser.

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um pouco sobre o autor:

John Burningham é o autor dos livros infantis Fique longe da água, Shirley! e Hora de sair da banheira, Shirley!. O foco do seu novo livro, Vovô, não é tanto a criatividade, mas o relacionamento entre neta e avô. Quem já conhece as obras do autor sabe que os diálogos são secundários, o que nos leva a interpretar além do que está escrito, muito por causa dos diálogos cheios de imaginação, como na segunda página: “Não havia espaço para as sementinhas brotarem. As minhocas vão para o céu?”

Cada imagem do livro é única e o conjunto não segue uma narrativa linear. O que conta é o gigantesco carinho entre o vovô e a netinha: juntos plantam mudas de árvores, brincam na praia, de boneca – a diferença de idade torna-se inexistente, são apenas dois grandes amigos brincando.

O que remete o leitor à infância do avô são as ilustrações em preto e branco em contraponto às imagens coloridas: em um lado da página pescam baleias; do outro, fazem apenas algumas tentativas de fisgar alguma coisa. Vai se construindo assim, com ilustrações que parecem quadros, a história de duas vidas.
 
O livro é curtinho, mas é uma delícia. Brincando juntos, tornam a infância da menina repleta de momentos para se lembrar durante uma vida. E basicamente é disso que fala o livro, do quanto é importante aproveitar cada momento perto das pessoas que amamos, já que um dia elas podem não estar lá para uma conversa, brincar de bonecas ou construir castelos imaginários.
 
(uma curiosidade interessante sobre o autor. ele passou por 10 escolas diferentes até chegar a Summerhill, escola britânica na qual os alunos decidem se querem ou não assistir às aulas. John preferia passar a maior parte do tempo na sala de artes. O gosto pelo desenho o levou à Central School of Art de Londres, onde se formou em 1959).

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